A divulgação das novas carteiras dos índices MSCI que entrarão em vigor em
dezembro e os ajustes do mercado brasileiro aos papéis que negociaram na
quinta-feira na bolsa de Nova York movimentam as ações na bolsa brasileira
nesta sexta-feira “enforcada” pelo feriado da Proclamação da República.
Por
volta de 12h45, pouco depois da abertura de Nova York, o Ibovespa mostrava
comportamento volátil, mas operava no vermelho, com baixa de 0,95%, aos 55.714
pontos, e volume financeiro de R$ 2,3 bilhões, relativamente bom mesmo com a
emenda de feriado.
Entre
as ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Vale PNA
perde 2,21%, Petrobras PN cai 1,91% e OGX ON sobe 0,86%.
Destaque
para a alta de Bradesco PN (+1,91%). Segundo operadores, o papel PN do banco
sobe em função de operações de arbitragem envolvendo a ação ON, que dispara
7,21%, para R$ 29,14, depois que o papel foi incluído no índice MSCI Global.
O
mesmo fenômeno acontece com Ambev PN (+2,11%) e ON (+6,56%) e Lojas Americanas
PN (+3,09%) e ON (+5,37%). Ambev ON e Lojas Americanas ON também farão parte do
MSCI Global.
Em
relatório enviado aos clientes, a Itaú Corretora chama atenção para o fato de
as ações ON apresentarem liquidez menor. Logo, os ajustes decorrentes da
inclusão no MSCI devem impulsionar os papéis.
Entre
os demais papéis incluídos no MSCI Global, WEG ON ganha 8,25%, Kroton ON sobe
1,52%, enquanto Qualicorp ON cai 0,27%. Considerando os excluídos da carteira,
Transmissão Paulista PN tem alta de 1,45% e MMX ON perde 3,65%. A lista de
maiores altas do Ibovespa traz B2W ON (+8,31%), Lojas Americanas PN e
Eletropaulo PN (+2,14%).
Na
ponta negativa estão Eletrobras PNB (-10,06%), Eletrobras ON (-5,27%) e PDG ON
(-4,45%). PDG reage ao balanço do terceiro trimestre, que trouxe lucro 89,5%
menor, para R$ 27,053 milhões.
No
caso de Eletrobras, o balanço divulgado na quarta-feira à noite, com queda de
35,9% no lucro para R$ 1 bilhão também pesa. Mas a estatal enfrenta várias
outras questões negativas, que fizeram os recibos de ações negociados na bolsa
americana (ADRs) despencarem quase 6% em Nova York na quinta-feira, o que
provoca ajustes por aqui hoje.
Investidores
temem uma possível baixa contábil de R$ 18,72 bilhões no balanço do quarto
trimestre da Eletrobras caso os acionistas aprovem a renovação das concessões
de usinas de acordo com o estabelecido na Medida Provisória 579. Como o governo
é majoritário na empresa, sua aprovação é quase certa. Os minoritários tentam
saídas jurídicas para impedir a renovação, mas advogados afirmam que é pouco
provável que tenham êxito na Justiça para impedir o governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário