quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ô governo escroto! Conseguiu derrubar o valor de ações das suas prórprias empresas no mercado internacional (ELTROBRAS e PETROBRAS).

SÃO PAULO - Matéria de 16 de novembro de 2012 de Téo Takar – www.valor.com.br

A divulgação das novas carteiras dos índices MSCI que entrarão em vigor em dezembro e os ajustes do mercado brasileiro aos papéis que negociaram na quinta-feira na bolsa de Nova York movimentam as ações na bolsa brasileira nesta sexta-feira “enforcada” pelo feriado da Proclamação da República.

Por volta de 12h45, pouco depois da abertura de Nova York, o Ibovespa mostrava comportamento volátil, mas operava no vermelho, com baixa de 0,95%, aos 55.714 pontos, e volume financeiro de R$ 2,3 bilhões, relativamente bom mesmo com a emenda de feriado.

Entre as ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Vale PNA perde 2,21%, Petrobras PN cai 1,91% e OGX ON sobe 0,86%.

Destaque para a alta de Bradesco PN (+1,91%). Segundo operadores, o papel PN do banco sobe em função de operações de arbitragem envolvendo a ação ON, que dispara 7,21%, para R$ 29,14, depois que o papel foi incluído no índice MSCI Global.

O mesmo fenômeno acontece com Ambev PN (+2,11%) e ON (+6,56%) e Lojas Americanas PN (+3,09%) e ON (+5,37%). Ambev ON e Lojas Americanas ON também farão parte do MSCI Global.

Em relatório enviado aos clientes, a Itaú Corretora chama atenção para o fato de as ações ON apresentarem liquidez menor. Logo, os ajustes decorrentes da inclusão no MSCI devem impulsionar os papéis.

Entre os demais papéis incluídos no MSCI Global, WEG ON ganha 8,25%, Kroton ON sobe 1,52%, enquanto Qualicorp ON cai 0,27%. Considerando os excluídos da carteira, Transmissão Paulista PN tem alta de 1,45% e MMX ON perde 3,65%. A lista de maiores altas do Ibovespa traz B2W ON (+8,31%), Lojas Americanas PN e Eletropaulo PN (+2,14%).

Na ponta negativa estão Eletrobras PNB (-10,06%), Eletrobras ON (-5,27%) e PDG ON (-4,45%). PDG reage ao balanço do terceiro trimestre, que trouxe lucro 89,5% menor, para R$ 27,053 milhões.

No caso de Eletrobras, o balanço divulgado na quarta-feira à noite, com queda de 35,9% no lucro para R$ 1 bilhão também pesa. Mas a estatal enfrenta várias outras questões negativas, que fizeram os recibos de ações negociados na bolsa americana (ADRs) despencarem quase 6% em Nova York na quinta-feira, o que provoca ajustes por aqui hoje.

Investidores temem uma possível baixa contábil de R$ 18,72 bilhões no balanço do quarto trimestre da Eletrobras caso os acionistas aprovem a renovação das concessões de usinas de acordo com o estabelecido na Medida Provisória 579. Como o governo é majoritário na empresa, sua aprovação é quase certa. Os minoritários tentam saídas jurídicas para impedir a renovação, mas advogados afirmam que é pouco provável que tenham êxito na Justiça para impedir o governo.

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