Um soldado da polícia militar identificado como Gledson Alex de Araújo Galvão, lotado na cidade em Goianinha, está sendo acusado de matar sua própria companheira, a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 36 anos.
Segundo testemunhas, os dois estavam dentro de um motel na cidade de Santo Antônio do Salto da Onça/RN, quando começaram uma briga. Conta-se ainda, que possivelmente havia uma terceira pessoa no quarto do casal, um amigo do PM, identificado apenas como Pedro Jorge. Funcionários do motel, disseram que ouviram gritos de socorro e chamaram a polícia, pensando se tratar de uma ocorrência da Lei Maria da Penha.
Ao chegarem no quarto em que o casal estava, os policiais já encontraram Vanessa desmaiada. Foi acionado o SAMU, mas a advogada já chegou no hospital sem vida. Diante da situação, os próprios colegas, deram voz de prisão ao soldado, e o conduziram à delegacia daquela cidade, onde ainda encontra-se detido.
O crime aconteceu por volta das 2h desta quinta feira. O delegado responsável pelo caso, Everaldo Lemos, disse que ainda está ouvindo outras testemunhas e aguardando o laudo do ITEP, para dar início ao procedimento de flagrante delito por homicídio. Um laudo pré-liminar, indica que a causa da morte teria sido espancamento.
O soldado, confessou o crime para o major Tavares, comandante do 8ºBPM. O major contou que o soldado teria afirmado que o casal estava em processo de separação, por isso o motivo da briga, houveram agressões, mais que não tinha intenção de matá-la.
Segundo o Comandante Geral da PM do RN, o policial tem boa conduta na corporação
O soldado Gleyson Alex de Araújo Galvão, de 35 anos, suspeito de matar a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 37 anos, apresentou boa conduta durante os seis anos de trabalho na PM, informou o comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo."Ele entrou na Polícia Militar em 2006. Desde então, não possui observações em sua ficha", afirmou o comandante.
Ainda segundo o coronel Francisco Araújo, o policial irá responder a um PAD - processo administrativo disciplinar - paralelamente ao processo criminal. "Esse procedimento é interno e acompanha as decisões da justiça", disse. "Ainda não sabemos se será necessária a saída dele da PM, é uma decisão que depende da sentença judicial", completou.
Segundo o advogado de defesa do policial, ele em nenhum momento confessa o crime
Em reportagem, o advogado Cezar Cerqueira de Freitas Júnior, defensor do PM, afirma que acompanhou o depoimento ao lado de Gleyson e, em momento algum, ele teria confessado o crime. “Ele disse que eles discutiram e chegaram às vias de fato, caíram no chão, mas não se lembra do que aconteceu depois. E, embora tenha um pedaço de pau na cena do crime, ele não confessou ter usado o objeto”, disse o advogado.
O delegado informou que o policial militar será transferido ainda nesta quinta para o quartel da PM em Nova Cruz, onde permanecerá preso à disposição da Justiça.
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